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sexta-feira, 19 de junho de 2009

"COMO É DIFÍCIL TIRAR AS RODINHAS"




"Ganhar a bicicleta era o principal sonho daquela criança. Foram muitos momentos de expectativa em frente a vitrine da loja.


A felicidade sonhada, já estava nos planos dos pais há algum tempo, contudo, contrariando toda a ansiedade do coração, a razão insistia em criar um momento especial para realizar o desejo da criança.


Aqueles pais viveram no tempo das "bolinhas de gude", das pipas, dos jogos de queimada e de pular corda. Já estava distante o tempo em que a televisão era um instrumento que provocava disputas barulhentas entre as crianças e, algumas vezes, silenciosas entre os pais.


Eram dias em que desenhos, seriados, noticiários e novelas, colocavam pais e filhos em lados opostos.


Naqueles anos, poucas crianças podiam usufruir de um quarto individual, quanto mais de um brinquedo. Compartilhar era uma condição imposta pela realidade de famílias ainda numerosas.


Não causa nenhum espanto que hoje, os pais queiram apenas ter 1 ou 2 filhos e que se esforcem tanto, para adquirir imóveis que permitam acomodar seus filhos em quartos individuais.


Foram tempos de muitas limitações, por isso aqueles pais sabiam o valor de um brinquedo tão individual quanto a bicicleta, e tinham a intenção de valorizar cada momento de alegria.


Quando o presente chegou, ficou evidente a dimensão do planejamento dos pais.


A bicicleta era moderna e tinha todos os acessórios possíveis. Capacete, bomba de ar, buzina, luzes de sinalização, amortecedores hidráulicos e principalmente, as indispensáveis rodinhas de segurança. Tudo para garantir que os momentos alegres não pudessem ser estragados por quedas e machucados.
A primeira volta que a criança deu na nova bicicleta, criou um daqueles momentos mágicos, com sorrisos em todos os rostos.
Sob o olharatento dos pais, a criança pedalava e ganhava velocidade. Algumas vezes, ousava passar com a roda por cima de uma pedra, buscando novas emoções nos pequenos saltos.
Depois de alguns dias, a criança foi adquirindo uma relação íntima com a nova companheira de alegrias, se libertando dos acessórios mais pesados e se aventurando por caminhos mais sinuosos.
O único acessório que mantinha em sua bicicleta eram as rodinhas de segurança. Elas permitiam uma série de manobras emocionantes, sem que isso representasse um tombo.
Os pais tentaram tirar as rodinhas, mas nã tiveram sucesso, pois a criança já estava tão acostumada, que não aceitava a retirada do equipamento. Quando as rodinhas eram retiradas, a criança simplesmente abandonava a bicicleta.
Com o tempo, a criança cresceu, e seus pais, sempre preocupados em proporcionar grandes alegrias para ela, foram substituindo as rodinhas, por modelos maiores e mais resistentes, afinal, as novas aventuras eram muito mais desafiadoras e exigiam cada vez mais proteção.
Não podemos condenar a criança, afinal, todos nós gostamos de rodinhas nos protegendo, facilitando nossos caminhos e nossos desafios.
Também é compreensível a atitude dos pais, que sempre irão se preocupar em proteger nossas alegrias. Eles nunca terão forças para tirarem as rodinhas.
Quem já aprendeu a andar de bicicleta sabe que somente uma decisão pessoal pode retirar as rodinhas.
Este é o desafio das gerações atuais.
Alguns precisam assumir uma postura menos acomodada e mais proativa em relação as suas próprias escolhas, afinal as rodinhas limitam nossos movimentos, nossas possibilidades de alegrias.
Outros, precisam aprender a confiar no talento pessoal e na força que os erros acrescentam ao crescimento pessoal, porque mesmo não andando de bicicleta, tombos e machucados acontecerão.
A única ajuda que podemos desejar é ter apoio de alguém segurando no banco por alguns instantes antes da grande aventura!"
Amigos, recebi hoje cedo no meu e-mail e achei interessante o texto acima, de autoria de Sidnei Oliveira. Parabéns!
Um abraço e tudo de bom!


5 comentários:

  1. É minha cara Zilda andas mesmo emocionando esse ancião. O tema de ontem esse de hoje por ser singelo mas real. E ai é que entra minha emotividade sabe quando me faltaram essas rodinhas de apôio? Quando antes de completar 22 anos perdi meu pai. Ali perdi as rodinhas da minha bicicleta e passei a andar sem as mesmas. Em compensação sou hoje as rodinhas de filhos e netos. E isso me deixa feliz temos que ter apôio e com certeza depois faremos nossa parte.Acho que emcionado talvez tenha perdido o fio da meada no comentário ou não?

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  2. Amigo Antonio Paulo
    Seu comentário foi perfeito, é assim mesmo, dessa forma que sinto como você. Hoje somos as rodinhas dos filhos e netos. Só que devemos dar apoio, quando necessário, e nos retirarmos da vida deles na hora certa, para que eles possam tomar suas decisões e arcar com as responsabilidades.Depois, voltamos... Você também pensa assim, não é?
    Um abraço e muito obrigada pelo brilhante comentário!

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  3. É amiga, esse texto merece a nossa atenção...É assim mesmo, você e Antonio já falaram tudo, não sobrou nada para mim...
    Quando somos pequenos, precisamos das rodinhas, depois passamos a ser rodinhas para nossos filhos, só amiga, que chegando a uma certa idade, talvez precisemos das rodinhas de novo...
    Um abraço!

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  4. Amiga Dora
    Você tem toda a razão com a idade quem precisa de rodinhas, somos nós. Espero que tênham conosco a paciência que tivemos com nossos filhos!
    Um abraço e tudo de bom!

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  5. Excelente texto e aos nossos filhos sempre estamos ofertando as rodinhas do nosso apoio,bem como precisamos sempre,como seres gregários que somos.Beijos.

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